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CDTN comemora 69 anos de ciência, tecnologia e inovação

20 de agosto de 2021

No dia 22 de agosto, a instituição faz aniversário e celebra o avanço em Laboratório envolvendo grafeno, nióbio e terras raras

 CDTNCDTN/CNEN - Foto: Antônio Santiago

No ano de 2021, o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) comemora 69 anos de existência colocando a energia nuclear a serviço das pessoas. Ao longo de sua história, o Centro se destacou pelo pioneirismo, sendo a primeira instituição brasileira a ter um reator nuclear no ano de 1960, utilizado para pesquisa e desenvolvimento tecnológico até hoje. Ao longo de sua história, a instituição foi se reinventando e trabalhando em pesquisas ligadas ao meio ambiente, à saúde e às indústrias de alimentos, energia e petróleo.

Atualmente, o CDTN se destaca também pela produção de radiofármacos, esterilização de bolsas de sangue, máscaras hospitalares e pedras preciosas, pelo Sistema Atalanta para a manutenção de mamógrafos e pelo empenho no combate ao coronavírus, através da participação na rede de testagem utilizando a técnica RT-PCR, da pesquisa sobre as partículas de aerossóis atmosféricos, da impressão de peças 3D para máscaras, entre outras ações.

No mês do aniversário, o CDTN apresenta o projeto de implementação do Laboratório de Materiais Avançados e Minerais Estratégicos (LMA/Granioter), que tem como principal objetivo apoiar o desenvolvimento de produtos e processos baseados nos materiais avançados (como, por exemplo, os nanomateriais de carbono, nanocompósitos, materiais multifuncionais e superímãs de terras raras). Dessa forma, o LMA/Granioter atua diretamente no desenvolvimento tecnológico do país, visto que agrega valor aos recursos minerais estratégicos disponíveis no Brasil.

Por meio da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação de Materiais Avançados, uma ação do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação (MCTI), o novo laboratório de pesquisas aplicadas será voltado ao aprofundamento tecnológico das cadeias produtivas baseadas em materiais avançados e minerais estratégicos com demanda global nas próximas décadas, como grafeno, nióbio e terras raras. A escolha do CDTN como sede do LMA é importante, visto que o laboratório será parte de uma rede de instituições de pesquisa aplicada convergentes com o foco do laboratório e que compõem o ecossistema no campo de materiais avançados e minerais estratégicos no país.

O pesquisador Maximiliano Martins ainda afirma que “não somente a qualificação do CDTN foi considerada na decisão, mas a existência de um ecossistema muito robusto formado por um conjunto de empresas, instituições e laboratórios que gravitam em torno do CDTN”, além do mesmo ser sediado em Minas Gerais, estado que produz e agrega valor a minerais estratégicos como o lítio e o nióbio. Por isso, o laboratório ainda apresenta outros objetivos, como o gerenciamento e execução de recursos financeiros para a manutenção, atualização e expansão da infraestrutura laboratorial do CDTN e de pessoal técnico de apoio; suporte a fixação de jovens talentos na área de materiais avançados e minerais estratégicos; além de promover ações que visem a sustentabilidade financeira do LMA/Granioter. Dessa forma, assim como o CDTN, o Laboratório de Materiais Avançados e Minerais Estratégicos apresenta pesquisas de extrema relevância, além de desempenhar importante papel na construção de uma sociedade do conhecimento.

Sobre o CDTN

O Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN) é uma das Unidades de Pesquisa da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Localizado no campus universitário da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, bairro Pampulha, em Belo Horizonte, o CDTN atua na pesquisa e desenvolvimento, ensino (pós-graduação) e prestação de serviços na área nuclear e em áreas correlatas.

As principais atividades do Centro hoje envolvem as áreas de tecnologia nuclear, minerais e materiais, saúde e meio ambiente. Nas aplicações das radiações e técnicas nucleares destacam-se o tratamento de rejeitos radioativos, monitoração e remediação ambiental, metrologia das radiações, desenvolvimento e produção de radiofármacos, otimização de processos de extração e purificação mineral, nanotecnologia, integridade estrutural e gerenciamento do envelhecimento de componentes mecânicos de instalações de grande porte. Há forte cooperação com os setores de energia, saúde, indústria do petróleo e meio ambiente.

 

Yasmine Feital 

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